segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Aspectos Sociais

Nos anos 90, a globalização econômica consolidou-se enquanto fase do capitalismo com marcantes pólos sociais, caracterizando-se como fenômeno que promoveu a comunicação entre as nações; abriu ‘portas’ para a transação dos mercados nacionais em função dos avanços tecnológicos; contribuiu para a formação de estratégias políticas internacionais, para o crescimento da interdependência dos povos.
Ao longo dos séculos, desde o início da formação da classe burguesa, a economia vem crescendo, desenvolvendo novas tecnologias e novas forças produtivas. Com a globalização, houve revolução tecnológica das informações (telefones, internet, satélites, entre muitos outros).
Os blocos econômicos estão cada vez mais em busca dos interesses capitalistas, e, com isso, resulta uma acirrada competição entre as empresas (industriais e comerciais), negócios pessoais, entre outros. O mundo globalizado visa ampliar o consumo de mercadorias e o aumento do capital circulante. A ciência favorece este processo, produzindo meios mais ágeis para dinamizar o mercado. Contudo, além do conforto e agilidade que a globalização proporciona para uma determinada camada da população mundial, também contribuiu para a miséria de muitos. No mundo globalizado, as indústrias procuram pessoas capacitadas (com o ensino superior e/ou técnico), porém, muitos países não investem na educação escolar para as classes populares. As empresas empregam em grande parte funcionários com um nível de educação superior. E o restante? Onde trabalharão? Como será o futuro dos excluídos em relação ao acesso ao conhecimento? Muitos deles fazem ‘bicos’ (pequenos trabalhos), que são irregulares, sem carteira assinada. Com salários baixos, ‘vivem’ precariamente.
Desta maneira, observa-se a discrepância entre as classes sociais. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2002, havia 3,1 milhões de crianças e adolescentes de 10 a 15 anos trabalhando. Na faixa dos 5 a 9 anos, são 280.228. Muitas destas crianças não freqüentam a escola e, se o fazem, não com a excelência necessária. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos mostra outro ponto relevante: em 2003, a taxa de desemprego foi de 9,7%. Sendo que 23% dos brasileiros ocupados viviam com um salário mínimo ou menos, e outra parcela de 0,9% da população recebia mais de 20 salários mínimos. Estes são alguns dos indicadores da problemática do mundo globalizado. No contexto do mundo globalizado, a ciência, a tecnologia e os meios de produção desenvolvendo-se cada vez mais, gerando muitas riquezas, como se pode presenciar tanta pobreza? Eis uma indagação que nos faz pensar mais diretamente no aspecto social da globalização e seus reflexos. Neste sentido, o mundo globalizado precisa desenvolver condições mais humanizadas, realizar políticas públicas que supram as necessidades mais urgentes da população em geral, e desenvolver, plenamente, os ideais da democracia e dos direitos humanos, assim com o desenvolvimento sustentável. Desta maneira, haveria a possibilidade de crescimento econômico e melhor distribuição das riquezas entre os povos e poderemos alcançar o tão sonhado bem-estar social.

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